quinta-feira, 9 de junho de 2011

Acidentes aumentam, bem como sua gravidade


Notícias na mídia sobre o aumento dos acidentes com motos já viraram rotina, mas não podem perder o impacto por se tornarem comuns.
A pesquisa mostrada no site do Estadão (veja aqui) mostra números preocupantes.
O que há de bom neste texto é que ninguém se apressou a tirar conclusões precipitadas ou recomendar providências estúpidas para resolver o problema.
Na minha opinião, nosso maior problema no momento não está em quem está sentado atrás do guidon. A falta de políticas públicas de prevenção e a absoluta fragilidade das análises do problema é que se mostram um sério risco.
Uma pesquisa apenas aponta dados; depois, um sério trabalho de análise precisa ser feito para entender o que os números significam. Como não apareceu até agora ninguém realmente preocupado em resolver o problema, ficamos a mercê de políticos pregioçosos e oprtunistas que propõe leis ou procedimentos absurdos diante da situação.
O que tem se tornado corriqueiro é propor-se uma solução que nada custe e jogue todo o problema de volta para o motociclista, muitas vezes criminalizando-o previamente e gerando um preconceito contra nós.
Campanhas educativas? Nada. Regulamentação dos serviços dos fretistas? Nada. Fiscalização dos abusos? Nada. Estudos científicos para buscar as melhores soluções? Nada.
Em vez disso temos que lidar com idiotices como um cidadão que proibiu o uso do capacete porque havia muitos assaltos usando motocicleta na sua cidade; uma idéia de proibir garupas em motos, pelo mesmo motivo; proibição dos motociclistas na pista expressa das marginais em São Paulo, forçando-os a dividir espaço com os caminhões na pista local; a tal lei do selinho do capacete, etc.
Resumindo, os dados sobre acidentes são sérios e graves, as providências até agora são piada.

6 comentários:

Anônimo disse...

Essa de não poder andar na pista expressa é uma que deu errado mesmo. Tá tudo espremido na faixa d direita, caminhão e moto.

Everton Ventzz disse...

pois eh, o buraco eh mais em baixo... basta ver qqer conversa sobre motos pequenas, sempre o assunto principal vai ser "a minha biz da pau em titan 150" ou entao "minha titan da pau em twister" e coisas do genero... hoje mesmo conversando com um molecão sobre moto, falei sobre a minha moto, uma hunter 100, a primeira pergunta foi se ela "andava bem"... ou seja, o que faz uma moto ser boa eh o quanto ela corre, enfim... quanto maior a velocidade, maior os riscos e isso eh obvio... enquanto uma moto for avaliada pelo quando ela corre, as merdas continuarao acontecendo...

o problema, vai alem da educaçao... é cultural... infelizmente...

Leo Padilha disse...

Concordo com o everton. O problema é mais embaixo. So que faço uma pergunta, os acidentes aumentaram, sem dúvida, mas e a proporção em relação ao aumento da frota?
A frota sim disparou nos últimos anos.

Youssef disse...

Leo, sua resposta está no texto da pesquisa:
"Em 2008, foram registradas 87,6 mortes para cada 100 mil motos no País. Uma proporção 170% maior do que a taxa da frota de automóveis: 32,5 mortes a cada 100 mil veículos. Em 1998, a taxa de mortes por motos era de 67,8 a cada 100 mil - uma proporção 75% maior do que a taxa da frota de carros."

jboga disse...

Os orgãos públicos (ir)responsáveis pelo transito do país não cuidam sequer das ruas e da sinalização imaginem se vão ter qualificação para assumir a responsabilidade de educar e, porque não, punir severamente os infratores sejam eles pedestres, motociclistas ou motoristas. Me digam há quanto tempo não se vê uma campanha nacional, forte e maciça sobre educação no transito? Moro em Curitiba e alguns anos atrás a prefeitura pôs nas ruas uma campanha que mostrava neguinho parando na faixa ou cruzando no vermelho e cada um deles ganhava título de Anta, Asno, Jumento e por aí vai.
Rapidamente surgiram os hipocritas, ofendidos com o linguajar e a campanha saiu do ar.
Outro exemplo: fui fazer o curso para renovação da CNH e junto comigo tinha três caminhoneiros e os assuntos, (ridiculamente superficiais), abordados para todos eram iguais. Será que as noções de frenagem, ultrapassagem, aceleração, direção defensiva etc. não têm que ser diferentes de quem dirige um Volvão de 30 rodas e uma Biz ?
Estamos na idade da pedra no que diz respeito a relação motorista/motociclista, motociclista/pedestre, pedestre/motorista e outros que tal. E, infelizmente, muitos de nós morrerão vítimas da leviandade das "otoridades" que cuidam ou melhor deviam cuidar do transito.
Lamentável.

jboga

Valter disse...

Minha esposa pilota motos há tempos. Já pilotou RD350, 7 Galo, e por aí vai. Mas, pelo menos teoricamente não pode pilotar nas ruas por não possuir habilitação. Por outro lado temos uma conhecida que acabou de tirar a sua "habilitação". Não consegue nem trocar de 1ª para 2ª marcha, pois nas "aulas" só se andava em 1ª. Mas está devida e legalmente "habilitada" para se aventurar no transito.
Coisas desse nosso Brasil. Tem coisas muito erradas !!!