quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Adrenalina - quando e para quê?
Em alguns lugares em que divulguei o blog, destacando as dicas de segurança, fui muito bem recebido. Os mais novos, especialmente, agradecem por alguém se preocupar com a segurança deles. Outros, no entanto, ignoram e até zombam do objetivo deste blog.
"Queremos adrenalina", dizem eles. "Se quiser segurança fique em casa, assistindo TV no sofá", afirmam outros.
Vamos falar um pouco, então, sobre essa tal adrenalina. É verdade que, para quem a procura, poucas ferramentas podem ser mais úteis do que uma moto; também não tenho nada contra ela. Quando corro de Kart (sim, ainda faça isso) sinto-a em meu sangue; enquanto percorro as curvas do traçado ela percorre as minhas veias e artérias.
Não acho que a pessoa deva abrir mão de todos os prazeres e realizações em sua vida em função de uma segurança máxima (que, na verdade, nem existe). Ficar em casa, sedentário, assistindo TV, pode ser mais perigoso para o seu coração do que praticar um esporte mais radical.
Se você quer praticar um esporte de certo risco e, conscientemente, o faz, tudo bem.
O que não se pode é colocar outros em risco por causa da nossa adrenalina.
Quando um piloto morre num autódromo, todos alí estão por opção e conscientes do risco que a sua busca de adrenalina traz; não há muito o que lamentar.
Mas, ao assumir uma postura perigosa no trânsito ou nas estradas a pessoa coloca em risco o muleke que corre atrás de sua bola, a senhora que atravessa lentamente a rua ou qualquer outra pessoa que, inocentemente, cruza seu caminho.
Assim, aprovo, apesar de muito perigosas, as corridas na famosa Ilha de Man, mas não os pegas de rua das ,também famosas, histórias no estilo "Café Racer".
Além disso, na prática de qualquer esporte, existem normas e cuidados para reduzir ao máximo o risco. Trata-se, como se diz, de um ambiente controlado.
Quer correr? Vá para a pista. Vá andar de Kart. Vá fazer trilha de moto, sei lá... procure um modo de experimentar a sua adrenalina sem colocar outros em risco e diminuindo ao máximo os seus próprios riscos.
Resumindo, adrenalina no sangue é bom, desde que o sangue não esteja escorrendo pelo asfalto.
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4 comentários:
ainda nem tirei a carta de moto (esse ano sai!!) e ja te considero um mentor ushuhsuhs
abraçoss
Gostei, parabens, palavras d um sabio q ja viveu as experiencias e ta tetando nos mostrar a realidade isso ai.
Eu não tenho absolutamente NADA contra pessoas que não ligam pro risco de ter seu cranio esmagado no asfalto a 300 por hora... DESDE que não coloquem a vida dos outros em risco tambem...
Eita paizão hein Yousef...rsrsr...
To aki em casa com meus 21 anos, quase nos 22 com um fixador na perna...Um aro metálico, que ser meu fiel copanheiro pelos proximos 11 meses após uma colisão frontal com um Kadet, diga-se de passagem alcoolizado.
Essa adrenalina nao existe eu acho, pelo menos nao plena,o ser humano quer sempre mais. E como voce disse tem que ter consciencia.
Falei do meu acidente só para tocar nessa da segurança tambem saca, tipo o cara bebeu, eu tava de 20km/h ele tava de 90...Foi so de raspão e 8 fraturas na perna ...e muita dor...
Faz parte eu sei pessoal, da nossa paixao por duas rodas.
Mas adrenalina tem que ser casada com segurança. É possivel e preciso somente um pouco de maturidade e interesse.
Grande blog...
Valew galera...
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