domingo, 31 de agosto de 2008

"Hora do Reclame" - Yamaha RD 50



Já que falamos sobre a primeira vez e o tópico foi bastante concorrido, vamos destacar hoje, na "Hora do Reclame", essa que foi a primeira de muita gente: A Yamaha RD 50. Foi também a primeira motocicleta nacionalizada naquele triste período em que as reservas de mercado impunham proibições às importações.
O título da propaganda exagerava, como de costume naquela época, ao dizer que era a Yamaha mais moderna do mundo, mas, verdade seja dita, ao lançar uma moto nacional a Yamaha colocou uma moto de primeira linha dentro de sua cilindrada. A Honda seguiu caminho diferente, lançando uma moto defasada e inferior às opções que tinhámos no tempo das importadas (4 marchas, motor antigo etc).

Posicionamento no trânsito


Em um tópico anterior já falamos sobre o posicionamento na estrada e as vantagens e desvantagens de cada faixa.
Agora vamos falar um pouco mais sobre o trânsito urbano, especialmente as avenidas que, normalmente, tem até 3 faixas de trânsito.
Aluns, especialmente novatos, pensam que andar mais devagar na faixa da direita seja mais seguro; Nem sempre. Na verdade, a faixa da direita tem muitos perigos para o motociclista; conviver com ônibus e caminhões pode nem ser o pior deles. As surpresas aprontadas pelas pessoas que param repentinamente, ou entram sem aviso na via, talvez sejam ainda piores. Também são mais comuns os buracos causados pelos veículos pesados. Deve-se levar em conta também que nem todo mundo que anda na direita vai devagar e sem pressa; isso pode ocasionar fechadas ou, o que seria ainda pior, colisão na traseira.
A faixa do meio tem um outro problema: nela os risocs são dobrados. Explico: a mudança repentina de faixa, provocando uma fechada no motociclista, pode vir de ambos os lados; o ponto cego, local em que não se é visto pelos retrovisores, também se torna duplo e muito mais difícil de evitar.
Sobrou apenas a faixa da esquerda para analisarmos e, na minha opinião, é a melhor. Trafegando pela esquerda e andando na velocidade média em que os motoristas andam fica fácil ser visto por quem vai a frente e a fechada só pode vir do lado direito; sendo assim é mais fácil tornar-se visível aos motoristas da faixa da direita. Se for necessário "cair" para o corredor, é nesta faixa, entre a do meio e a da esquerda, que os motoristas já estão esperando que a moto venha. O único cuidado necessário é abrir passagem quando alguém vier em velocidade superior a sua.
Se você ainda não tiver experiência suficiente e preferir andar mais devagar nas faixas à direita, pelo menos esteja consciente dos perigos que elas representam.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Lendas Urbanas" Drag 250

Outra que se fala muito, se não este ano, pelo menos para 2009 e a Dragstar 250. O "amigo que disse que conhece um cara que falou" garante que este ano não vem porque as fábricas estão preparando a adaptação ao PROMOT, mas que no ano que vem é certeza.
O que não é certeza é se vai parecer mais com a DS250 logo abaixo ou com a V-Star americana.



"Lendas Urbanas" - XJR400R

Nesta época em que se aproxima o fim do ano e o "Salão da Motocicleta" muito se especula sobre os próximos lançamentos. Até os que não vão poder trocar de moto (o carnê de prestações ainda está gordo) ficam ansiosos pelas novidades.
A ansiedade tem sido maior ainda porque as fábricas tem atrasado os lançamentos, focando seu trabalho na adaptação dos atuais modelos às novas regras anti-poluição que vigoram a partir de Janeiro de 2009.
Ainda assim, diversas "lendas urbanas" tem surgido. Especialmente na internet (comunidades, fóruns) tem sempre alguém que tem um "amigo que jura que conhece um cara que falou que...", ou um vendedor, extremamente bem informado que garante que "é verdade".
Então, já que não sabemos de nada, vamos publicar no blog algumas dessas lendas e, daqui a algum tempo, rir ou chorar vendo o que se confirmou.
Acho que começo bem, com essa linda 400cc da Yamaha, concorrente direta da CB 400 Super Four já citada no tópico "onda retrô".
Levanta a mão que quer uma se for verdade. \o/

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A primeira vez


Casualmente encontrei essa foto na net e não pude resistir ao desejo de colocá-la no blog. Fotografia é uma das minhas paixões; confesso qua não entendo nada do assunto a não ser o que meus olhos me dizem. O que me impressiona na fotografia é a capacidade de dizer muita coisa sem palavras, de captar um momento único. Nessa foto aí acima minha imaginação voou. Lembrei da primeira vez que vi o mar, do meu pai me ensinando a andar de bicicleta, da primeira vez que minha filha andou de bicicleta...e caiu, da minha primeira volta numa motocicleta, dos carros quadradões de antigamente; Bem, acho melhor parar de vasculhar minha memória, tem muita coisa lá.
Mas falando apenas da primeira volta numa moto, como foi a sua? Em que moto foi? Que idade você tinha?
A minha primeira foi (não riam por favor) na garupa de uma Xispa desligada. Um amigo, filho do dono da Xispa, pegava ela desligada mesmo e a mulecada fazia a festa. Ele dirigia, levando um na garupa, e o restante da turma empurrava. Acho que corríamos mais assim do que se dependessemos do motorzinho de 150cc da Xispa.
A primeira vez, de verdade, dirigindo uma moto foi bem depois, com uma TT 125. Confesso que não sei qual da duas experiências foi mais emocionante.
E você? Quer contar como foi a sua primeira vez? Diga aí.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"Moto do Coração" - XL 250R


Depois da secura que passamos com a proibição de importação de motocicletas e do início tímido das nacionais (RD 50 da Yamaha e CG 125 da Honda) a XL 250 marcava, em 1982, um momento em que motos modernas começavam a ser nacionalizadas. O motor com 4 válvulas no cabeçote de 22HP, a suspensão traseira com pró-link, entre outros detalhes, agradaram bastante. Também era uma moto de bom porte, algo também muito desejado naqueles tempos em que ficamos privados das motos de maior cilindrada.
É verdade que a DT 180, sua eterna rival (e que será nossa próxima “moto do coração”) costumava se dar melhor nas trilhas, com seu motor 2T e porte mais leve, mas nada disso tirava dos admiradores dos 4T o valor da XL. Na verdade tratava-se de opções bem distintas. O torque, a robustez e o porte da XL tinham muitos admiradores e a moto vendeu bem.
Tanto é assim que a moto gerou sucessoras. A XLX 250 viria logo após, inicialmente com dois carburadores e mais potente. Depois voltaram a usar o carburador único. A XL 125 também é um desenvolvimento de mercado da XL “mãe”, embora mecanicamente não tenham um parentesco tão próximo. A XLX 350, que viria em 1987, segue a mesma linha, atendendo a expectativas do mercado.
Voltando à original, a XL 250, um dos poucos itens em que deixava a desejar era o freio dianteiro, ainda a tambor. Os contragolpes no pedal de partida também eram criticados, embora fossem muito mais fortes no modelo XLX 350 do que na 250.
Resumindo, quem teve uma tem saudades, quem ainda tem é um privilegiado; O Afonso, por exemplo, é o dono dessa aí de cima, que ilustra o tópico. Depois de pertencer por vários anos ao seu pai ele a recebeu como “herança” e garante que não vende a ninguém; vai guardar para como herança para seu futuro filho. É ou não é uma “moto do coração”?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Hora do Reclame: provocando os "Tiozões"


A "Hora do Reclame" desta semana destaca uma propaganda da Honda com uma provocação aos "Tiozões". Sorte deles que naquele tempo não havia o "Estatuto do Idoso", senão eu botava eles na cadeia.

Sombra e água fresca?


O tópico de hoje aborda uma das maiores insanidades que um motociclista pode cometer: abrigar-se do vento atrás de um caminhão ou ônibus. Infelizmente, como dizem que tem "louco para tudo neste mundo" tem gente que acha essa uma boa alternativa. Motos de baixa cilindrada, especialmente, sofrem para vencer o vento contrário nas estradas. Daí surge a brilhante idéia de pegar o vácuo de um caminhão ou ônibus. Tal atitude traz uma série de perigos; os principais são a limitação da visibilidade, fazendo com que o motocilista seja pego de surpresa por não ver o que se passa a sua frente, e o perigo de atropelas um obstáculo que passe por baixo do veículo adiante (um buraco no meio da faixa ou um objeto quelquer, por exemplo).
Mas, quanto aos veículos de grande porte, vale uma lembrança mesmo para os que não cometem a insanidade de "pegar o vácuo". Acontece que, mesmo na cidade, é importante fugir de veículos maiores. Uma Kombi, uma Van, um micro-ônibus, já são veículos grandes o suficiente para atrapalhar a visão do motociclista em relação ao trânsito à sua frente e tirar dele a possibilidade de reagir com antecedência ao que ocorre. Sendo assim, evite andar próximo a veículos de grande porte, eles tiram uma das maiores vantagens do motociclista: a visão panorâmica do trânsito.
Se chegar a ocorrer um acidente, as consequências também costumam ser mais graves ao envolver veículos de grande porte. Ao bater em um carro pequeno o motociclista pode conseguir cair para algum lado, ou até mesmo passar por cima, mas "chapar" um caminhão não lhe dá muitas esperanças de escapar ileso.

Clássicas 70


Na seção “moto do coração” não vou enfocar as minhas maiores paixões: as motos japonesas dos anos 70; Talvez faça uma exceção para um ou outro modelo. As clássicas serão homenageadas com as fotos à direita do blog, mudadas toda semana.
Um dos motivos para deixá-las de lado é que existe um ótimo site que fala somente sobre elas e, dificilmente, eu conseguiria acrescentar algo que já não esteja ali. Trata-se do Motos Clássicas 70 , do Ricardo Pupo.
Se quiser saber qualquer coisa sobre este momento ímpar da história do motociclismo é só procurar por lá.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Moto do Coração" - CB400/450


A CB 400 acabou com um longo jejum, tempo de vacas magrelas, imposto pelo governo ao proibir as importações de motos em 1976. Quando a CB 400 surgiu, em 1980, as reações foram ambíguas; A grande maioria respirou aliviada por ter, finalmente, uma opção de tamanho e cilindrada maior do que os espartanos 125 e 180cc disponíveis no mercado. Uma parcela menor reclamou; afinal, não era fácil aceitar que 4 anos antes podia-se comprar uma CB400 four, ou uma GT380 (para quem preferia os 2 tempos), entre várias outras opções. A CB 400, única no mercado, tinha que satisfazer a todas as expectativas dos consumidores.
Mas ela tinha qualificações para enfrentar a dura missão. Trata-se de uma moto de concepção simples, mas bastante versátil. Seu motor é confiável, mas tem um desempenho razoável, com seus 40 hp (43,3 na 450). Pode ser considerada econômica também, dentro do desempenho que oferece, chegando a passar dos 25km/l em determinadas situações. Freios, ciclística e equipamentos em geral seguem a mesma linha de versatilidade e bom rendimento. Os freios, por sinal, tiveram diversas configurações, com disco simples ou duplo na dianteira e tambor ou disco na traseira; apenas o disco traseiro recebeu críticas por travar facilmente.
Vale dizer ainda que a moto é bastante confortável, praticamente sem vibrações, encarando bem tanto o trânsito urbano como as estradas. Somente numa tocada mais esportiva as suspensões mostravam alguma limitação, não transmitindo toda a segurança que se deseja.
Não vou citar aqui todos os modelos (foram muitos nesses 14 anos de produção até 1994), mas a minha preferida é a 450 Custom. Em todas as mudanças de grafismo, no entanto, a Honda conseguiu manter beleza e modernidade.
Hoje, tem uma legião de admiradores; gente que, privado de desfrutar dos lançamentos internacionais, não deixou de se divertir, trabalhar e viajar de moto, encontrando na CB sua companheira de aventuras. Difícil é comprar uma bem conservada, pois quem tem não vende, quem vende se arrepende.

Posto: abrigo perigoso


O posto de gasolina é um dos lugares mais familiares ao motociclista; além do abastecimento da moto, é lá que muitos se encontram para sair para uma viagem e, principalmente, se abrigam quando um temporal desaba sem aviso. Mas é um abrigo perigoso.
Não é preciso evitá-lo, mas ter alguns cuidados pode livrá-lo de um problema muito mais sério do que a chuva.
O piso do posto é, naturalmente, uma incógnita; resíduos de combustível e lubrificantes são freqüentemente encontrados ali, exigindo atenção mesmo sem chuva. Quando chove a situação se complica, pois a água espalha estes resíduos por toda a superfície, além de escondê-los. A entrada do posto é especialmente perigosa, pois é comum que o fluxo de água crie uma correnteza ali, impedindo de se visualizar o estado do piso.
Uma dica importante é cruzar a calçada do posto de frente e não em um ângulo perpendicular. Depois, já no páteo, ande devagar e cuidado ao fazer uma curva; é melhor se molhar um pouco mais com a água que cai do céu do que lambendo a do chão.

Nova seção: Hora do Reclame

Para quem não sabe, reclame era o nome que se dava às propagandas antigamente.
Gosto muito de ver os comercias antigos de motos. Além de matar a saudade de modelos que dicicilmente são vistos nas ruas, costumo me divertir com as coisas que leio. A maneira como a propaganda era abordada, há apenas alguns anos, era bem diferente da que se vê hoje, chegando a ser engraçado.
Algumas chamam a atenção por sua visão poética do motociclismo; outras prometem coisas que, já naquela época, sabíamos que não passavam de grandes mentiras.
Por tudo isso, aí vai mais uma seção no blog, espero que gostem.

(click na imagem para vê-la aumentada)
Pergunta: Com duas trails maravilhosas como estas aí o que estes japoneses estão fazendo alimentando gansos?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Manutenção da moto pode significar "manutanção da vida"


A dica é óbvia, mas, como em outros casos, sempre vale a pena lembrar.
A diferença entre a vida e a morte, entre o tombo ou o "que susto", pode ser de apenas alguns centímetros. E estes centímetros podem ser ganhos ou perdidos em cuidados de manutenção básicos como: pneus em bom estado, bem calibrados, trocar pastilhas e lonas de freio na hora certa, etc.
A lista de ítens, muitas vezes baratíssimos, que pode fazer a diferença é muito grande. Já imaginou sofrer uma colizão na traseira por causa de uma lâmpada de R$ 3,00 que você não trocou? Ou tomar uma fechada porque na hora em que apertou o botão da buzina lembrou que devia ter arrumado na semana passada? Até o desempenho do motor pode fazer a diferença; confesso que já fiquei em situação constrangedora ao tentar fazer uma manobra rápida e a moto engasgar e me deixar na mão.
Não esqueça de incluir aí a manutenção dos itens de segurança, como capacete, luvas etc.
Uma viseira velha e riscada compromete a visão; se for à noite e com chuva a situação pode se tornar dramática. Se distrair tentando arrumar o zíper emperrado da jaqueta com a moto em movimento pode ser um daqueles momentos em que, depois, você pensa "se eu tivesse arrumado isso antes..."

Moto do Coração - Suzuki Intruder


“Moto do coração” é uma seção que destaca motocicletas que possuem muitos admiradores, ou admiradores apaixonados. Não necessariamente unanimidades. Esse é o caso da Suzuki Intruder 250. Quem gosta é apaixonado, mas também tem quem deteste, na verdade por não compreendê-la. Seu estilo desperta paixões, contra ou a favor.
Mas o que dizem os proprietários? Que ela é Linda, tem estilo, é confortável; seu motor tem um bom torque e a moto é bastante confiável. Uma mecânica simples mas bastante eficiente. Além de tudo, é econômica para sua cilindrada. A facilidade de “customizá-la” também atrai a muitos. Os acessórios são facilmente encontrados por aí, mas os mais ousados preferem fabricá-los. Defeitos? Quase nada, exceto o fato de não se poder comprar uma zero.

Mas aí entra em cena sua irmã menor. A Intruder 125 coleciona os mesmo elogios que a irmã maior, com a vantagem de se poder comprar uma “zerinho”, ainda mais econômica e confiável. Bem equipada pelo preço que se paga, a Intruder 125 é uma pequena grande moto. Uma enquete feita pela internet deu 93% de proprietários que se diziam “muito felizes” com a moto; não é pra qualquer uma.
Disse acima que elas não são bem compreendidas e, daí, muitas vezes criticadas. Acontece que a categoria a que pertencem não existe no Brasil. Não é uma “custom” no sentido mais tradicional do termo, como a Intruder européia (LC 125), com motor em V. As Intruders (GN na verdade), fazem parte de um estilo que foi popular na Europa quando as importações estavam proibidas. Eram motos simples, geralmente de um cilindro, mesmo em cilindradas mais altas (400 ou 600cc) e que misturavam um aspecto “retrô” com pitadas de motos “custom”. Sinceramente, não sei que nome se dá a isso. Mas todas as fábricas tinham seu modelo, concorrente da Intruder. A Yamaha, por exemplo, tinha a linha SR (250, 400), como a da foto abaixo. A Intruder (GN) também tinha a opção de 400cc na Europa.

Como no Brasil estas motos não chegaram, a Intruder ficou parecendo uma moto de estilo único e, por isso mesmo, amada por uns e detestada por outros. Os críticos reclamam que seu estilo não é definido mas, na verdade, ela está exatamente dentro da proposta dessa categoria que citei e que não existe no Brasil.
Veja também os modelos dessa categoria da kawasaki e Honda


Particularmente sou apaixonado por esta categoria e gostaria muito de poder comprar uma Yamaha SR 400 ou uma Intruder 400cc como essa aí embaixo .

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Viagem: Qual é o ritmo ideal?


Ritmo ideal? Rock and roll, oras. Ops, parece que o assunto não é esse.
Vamos falar de velocidade nas estradas.
Ao falar em viagem de moto é preciso lembrar que as condições das estradas brasileiras variam muito, embora quase sempre sejam bem ruins. Mas a questão hoje é: qual o ritmo ideal de viagem numa moto?
Obviamente isso depende muito da moto que você possui e da sua habilidade na estrada, assim como das condições da própria estrada.
A dica aqui, no entanto, é a seguinte: ideal é acompanhar o ritmo da maioria dos veículos. Motos mais velozes ou esportivas podem lhe dar um ritmo muito veloz e aí surge o perigo, não só pela velocidade em si, mas pelo fator surpresa. A moto, naturalmente menos visível, surpreende os outros veículos, que não esperam por uma aproximação tão rápida. Isso pode gerar reações equivocadas dos motoristas, mas também traz dificuldades para o motociclista que pode não ter tempo de reação suficiente diante de imprevistos.
Devagar demais também não é bom, especialmente em motos pequenas, em que não se tem reserva para acelerar e fugir de problemas. Em baixa velocidade o motociclista é obrigado a usar a faixa da direita, na qual tem que conviver com a companhia pouco amigável de ônibus e caminhões. Além disso, essa faixa costuma ser mais esburacada e suja com óleo e areia que vem do acostamento. com buracos ônibus e caminhões.
O ideal, portanto, é ter velocidade para andar mais à esquerda, acompanhando o ritmo da maioria, mas com folga para uma ultrapassagem ou para escapar de algum perigo. No caso das motos pequenas não há muita escolha, portanto redobre a atenção.
Não percam a próxima dica do “Siga bem, irmão motociclista”.

Sotaque Inglês


Mais um belo vídeo sobre motos. Desta vez com um sotaque Inglês. Um comercial da Triumph que mistura modernidade, tradição, poesia e asfalto. Divirtam-se.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Moto do coração

Esta é uma nova seção do blog. Irei intercalar, assim como outras que virão, para que o blog não se torne cansativo, limitado às dicas de segurança. Mas quem quiser ver só as dicas de segurança pode clicar no marcador e está tudo lá.
“Moto do coração” vai dar destaque para alguns modelos que marcaram época ou que, mesmo ainda sendo relativamente novos, já nascem com uma legião de admiradores. Não há unanimidade nesse tipo de coisa e sei que muitos não concordarão com minhas escolhas (ou vetos), mas vou colocar aqui motos que eu entenda como máquinas de personalidade.
Já fiz isso, meio sem querer, ao colocar o vídeo da Moto Guzzi V7 Classic há alguns dias. Agora vai virar uma série. Pode pedir a sua “moto do coração”, mas não garanto que eu vá publicá-la. Tem que passar pelo crivo do Tiozão.
Abraço a todos.

XT 600
Tanto a sua antecessora, a Ténéré, assim como a sucessora XT 660, são motos dignas de estrear essa categoria, mas escolhi a 600 exatamente por estar no meio delas. É impressionante o grau de satisfação que os donos de XT 600 tem. Quase tudo é elogiado na moto e, quando algo é criticado (como a vibração) eles adotam o slogam dos proprietários de Harley e dizem “não é um defeito, é uma característica da moto”.
Ela é definida freqüentemente como “um trator”, mas não se iluda, não há aí nenhuma insinuação de lentidão ou de uma moto pesada. Ela arranca muito forte, tem boa velocidade final e, ainda por cima, gasta pouco para o seu tamanho. Poucas motos conseguem ser tão versáteis, enfrentando bem o trânsito da cidade, por cima dos retrovisores dos carros, mantendo boa velocidade de cruzeiro na estrada, mesmo com garupa, e passando pelas trilhas e estradas de terra como um verdadeiro trator.
Gosto ainda mais dela por ser um pouco mas leve e compacta que a Ténéré, sem deixar de ser imponente.
Mas nem tudo pode ser perfeito; uma moto tão apaixonante tem us sério problema: os larápios também a adoram e fazem de tudo para roubá-la.

Um pouco da história da família toda você encontra aqui: http://www.motoesporte.com.br/historia%20moto/historia%20yamaha%20tenere.htm
http://www.forumxt600.com.br/forum/ftopic4334.html

Esqueceram de mim.


Basta dar uma volta por aí, em qualquer rua, avenida ou equipamento público para ver como falta projeto em quase tudo. Da calçada que não serve para o portador de deficiência física à catraca do ônibus que proíbe os gordinhos de usá-la, até às ruas, feitas exclusivamente para os carros.
Caminhões, ônibus e...motocicletas, não são levadas em conta na hora de se fazer uma obra.
Daí surgem alguns perigos que podem complicar a vida do motociclista. O “mata-burro” da foto acima é um exemplo típico. Felizmente os “urbanos” como eu dificilmente vão encontrar esse obstáculo, mas existem muitos outros.
De quem foi a infeliz idéia de colocar placas metálicas lisas sobre os buracos que a prefeitura ou outro órgão público abrem?
Qual era a profissão do cara que inventou o “guard-rail”, que poderia ser apropriadamente chamado de “guilhotina de motociclistas”?
E o que falar dos inúmeros obstáculos que se coloca nas ruas, como as “tartarugas”, divisores de faixas, lombadas, faixas sinalizadoras que viram um sabão quando molhadas etc?
Bem, não preciso nem me esforçar muito para lembrar de quantos desses projetos maravilhosos temos por aí; você já deve estar pensando em alguns que encontra no seu caminho.
Pois é, como eles não pensaram na hora de projetar resta-nos prever esses perigos e driblá-los.

Mudança de aderência


Já falamos um pouco sobre pilotagem na chuva, mas vale a pena lembrar um pouco mais sobre um dos maiores complicadores da pilotagem de uma moto: as mudanças de aderência. São muitos os fatores que causam mudança de aderência em uma pista; areia, óleo e utilização de materiais diferentes do asfalto (como as faixas de sinalização e as placas metálicas cobrindo buracos) são os mais comuns. Num carro são poucas as situações em que essa mudança de aderência se torna perceptível ou perigos, afinal, são 4 pneus tendo atrito e se um deles perder aderência ainda temos 3 para segurar as pontas. Na moto temos 2 pneus, mas basta um deles perder a aderência e...melhor nem falar.
Algumas situações podem ser previstas, por exemplo: uma mancha de óleo pode ser visível, tornando o asfalto mais escuro; em regiões em que há mais areia o lado externo das curvas costuma acumular mais sujeira, etc. Mas algumas armadilhas podem ser difíceis de evitar. Deparar com uma placa metálica cobrindo um buraco recém aberto, no meio de uma curva e, ainda por cima molhada, pode ser uma desagradável surpresa. Faixas de sinalização, especialmente em curavas, idem.
Vale lembrar a dica do “mapeando o território” e, no caso de andar em um local desconhecido ser ainda mais cuidadoso.

sábado, 2 de agosto de 2008

Desenvolvimento do blog

Olá amigos,
Aos poucos vou aprendendo a mexer nesse negócio e melhorando o blog.
Acabei de inserir marcadores para facilitar a navegação por temas.
Breve, além das tradicionais dicas de segurança, vamos ter novas categorias.
Vamos falar um pouco sobre motos que marcaram um tempo e sobre outras que, mesmo não sendo tão importantes, são amadas pela maioria dos seu proprietários.
Uma seção com links também entrará breve.
Abraço a todos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cuidado: pedestres


Quando o motorista do ônibus, ou a madame numa SUV jogam o carro pra cima da gente da uma raiva tremenda, não é mesmo? Será que não percebem a fragilidade da moto e o cuidado que devem ter?
Mas quando a questão é o pedestre a situação se inverte: ele é a parte mais frágil e precisa do nosso respeito (mesmo quando não o merece).
Não adianta argumentar que eles são distraídos, que deveriam imaginar que uma moto poderia vir no corredor, ou coisas do gênero; o que interessa é evitar o acidente e, para isso, o que vale é a regra de sempre: muita atenção e procurar se antecipar aos fatos, prever o perigo.
Afinal, mesmo que o pedestre seja o culpado um acidente pode ter graves conseqüências, inclusive para o motociclista.
Vale de tudo para prevenir: usar a buzina, evitar cortar ônibus e outros veículos de grande porte que encobrem a visão, observar os locais perigosos em nosso trajeto etc.
Uma última dica: o pedestre, por não calcular corretamente o quanto a moto é ágil numa saída de sinal, às vezes se coloca em situações de risco. Além do menor porte, que torna a moto menos visível, a agilidade dela no trânsito também é um fator de perigo para os pedestres.
Até a próxima.

Sonhar é bom, realizar é melhor.


Não é para qualquer um, é para quem sonha e não desiste. Entre agosto e outubro de 2007, Licínio Cardoso, aos 63 anos concretizou algo que esteve em sua mente por algum tempo.
Em uma viagem solitária, em sua Suzuki Intruder 250, saiu de sua cidade (Nova Friburgo – RJ) e seguiu até Miami – USA, onde veria o nascimento de sua neta. Passou por diversos estados brasileiros sguindo até o Amazonas e dali cruzou fronteiras pela Colômbia e Venezuela, entre outros, totalizando 16.416Km. Parte terrestre: 14.526Km, fluvial: 1.300 e maritima: 600. (64 dias), só na viagem de ida.
Não precisou de muita coisa, somente o que estava no coração, sua guerreira intruder e algum dinheiro; muito pouco por sinal. Por onde passou recebeu ajuda e solidariedade de motociclistas de todo tipo.
Sobre a experiência ele afirma: “Essa viagem era um sonho desde pequeno. Fiquei três anos me preparando. Muita gente me disse que era uma idéia maluca, mas eu não desisti, e não me arrependo... Se é o sonho da pessoa, ela tem que ir em frente e não desistir. Não vou dizer que é fácil, mas se a pessoa tiver coragem e vontade, não deve desistir da idéia”.

Um grande abraço e muita saúde para realizar outras façanhas como esta e nos estimular a sonhar...e realizar.

Mais informações em:
http://www.centercarjf.com.br/aconteceu.aspx?codartigo=8
http://www.gazetanews.com/local_noticia.php?cd_noticia=7482
http://www.brazilriders.com.br/news_detalhes.asp?codigo=635