sábado, 30 de maio de 2009

Lançamentos Honda: CB300R, XRE300 e LEAD 110

Não costumo mostrar atualidades no blog, mas diante da apatia e falta de coragem das fábricas em investir no lançamento de novos produtos e, também, considerando os tempos de mudança, com a crise econômica e a adequação ao Promot3, vale registrar aqui o movimento da Honda.
Os 3 lançamentos mais recentes em um vídeo. Alguns já eram verdadeiras "lendas urbanas", como a nova Twister (que aposentou esse nome), outros chegaram de surpresa, como o Scooter Lead 110. Já a XRE300 acabou de uma só vez com as especulações sobre a nova Tornado e a nova Falcon; Nem 250 nem 400, uma 300cc para ocupar parte do mercado de ambas.

É isso aí bicho

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dica da Semana - Por que o ponto é cego mas não é surdo


Na dica de seguraça de hoje vamos entrar em um assunto controvertido. Em tempos de tanta poluição, inclusive sonora, não dá para defender indiscriminadamente qualquer tipo de barulho. Mas, o fato é que se a moto nem sempre é vista é bom que ela possa ser ouvida. Sendo assim, uma buzinada leve e estratégica, ainda que incomode um pouco os outros, pode significar um livramento de um acidente. É claro que não se deve exagerar, mas, especialmente nas situações em que se suspeita que o motorista não tenha visto a moto ou esteja prestes a fazer alguma manobra perigosa, vale a pena dar uma buzinadinha.
O ruído (o som, ou música, dependendo da moto) do escapamento também pode ajudar. A maior parte das motos é, naturalmente, mais barulhenta do que um carro. Não estou defendendo os abusos, escapes diretos, que emitem ruído acima do permitido; até porque isso pode resultar na apreensão da moto. Mas é bom que a moto não seja tão silenciosa como as antigas CB 500 ou 750 comseus escapes originais.
Certa vez eu estava dirigindo um carro na Marginal do Tietê, em São Paulo, e só não derrubei um motociclista porque pude ouví-lo. Eu queria mudar de faixa e não encontrava o sujeito nos espelhos de jeito nenhum, mas sabia que ele estava lá, pois eu podia ouvir seu motorzinho se esguelando.
Resumindo, tenha bom senso, mas não faça questão de ser o mais silencioso da rua.

Moto Guzzi V7 "Café Classic"

O tópico de hoje vale tanto para o "Hora do Reclame" como para o "Retrô Bikes". A V7 Classic já havia mostrado aqui, agora vai mais um comercial muito bonito da V7 Café Classic. Eu já sonhava com a V7, agora a Café-Classic me tirou o sono.

Sem Palavras - Cezeta e Kombi (saia e blusa)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

6º Encontro Moto & Cia Classic


Amigos, já está confirmado o 6º Encontro Moto & Cia Classic, no Páteo do Colégio, centro de São Paulo. Este ano será no dia 28 de Junho, das 8 às 17h.
Quem gosta de motos clássicas não pode perder; quem não gosta precisa começar a gostar.
O site da Moto&Cia informa: "O encontro Moto e Cia Classic foi idealizado pelo portal Moto e Cia, visto que nenhum evento conseguia reunir raridades de todas as décadas e oferecer uma boa estrutura para isso em São Paulo.
O primeiro encontro aconteceu em 2004 e reuniu 300 motocicletas na área externa do Pateo do Colégio. De lá para cá, o evento só cresceu e em sua última edição conseguiu reunir mais de 1.200 motocicletas e um público aproximado de 12 mil pessoas."
Mais informações lá no site Moto & Cia
Para quem quiser relembrar o do ano passado ou ainda não conhece o evento recomendo dois posts daqui do blog. O texto Perfume...de 2T e o vídeo feito pelo José Luiz, que registrou o encontro das comunidades Fyn e Intruder que se uniram para ir ao evento (Click aqui)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dica de Segurança: "Pede pra cair"


Parafraseando a famosa frase do capitão Nascimento, tem motociclistas que fazem parte da categoria "pede pra cair".
É aquele tipo de cara que parece que lê todas as dicas de segurança só para fazer exatamente o contrário. Não estar ciente e atento aos perigos próprios do motociclismo já é um problema, arriscar-se voluntariamente infringindo todas as normas de segurança é "pedir pra cair".
Hoje vi um exemplo perfeito. Em frente a uma escola, exatamente no horário de saída dos alunos, com o trânsito complicado pelo excesso de veículos naquele momento e muita gente distraída e estressada manobrando, o amigo motociclista em sua Falcon resolve aprontar.
Uma Van escolar, dando seta para a direita, encaminhava-se para estacionar e receber os alunos que saíam da escola. Não é que o amigo motociclista tenta ultrapassar a Van...pela direita. Para complicar a situação havia areia na pista. Travada daqui, balançada dali, e o cara, por pouco, escapa de bater ou cair. Não conseguiu dessa vez, mas esta pedindo para cair.
Na dica "mapeando o território" falamos sobre a importância de analisar os perigos próprios dos lugares em que você normalmente trafega. Em frente a uma escola, com tanta gente manobrando, não é lugar para fazer gracinhas. Ultrapassar pela direita um veículo que está dando seta para a direita então, nem se fala.
Ser distraído é um perigo, ser idiota assim é "pedir para cair".

Sem Palavras - Painel da Moto Guzzi Breva

Hora do Reclame - Puch

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O "Antes" e o "Depois" - Agrale 27.5

O "antes" e o "depois" de hoje não segue a linha habitual do blog. Costumo valorizar mais as restaurações que preservam a originalidade da moto. Mas vou abrir uma exceção aqui porque gostei do resultado; além disso, não é bom, nem para um velho, ser preconceituoso. As fotos e o relato abaixo vêm do blog Ciclo 2 Tempos , onde você pode ver a matéria completa e mais fotos.


A Agrale fabricou por muitos anos diversos modelos de motocicletas, entre elas a 27.5
Nas indas e vindas pela internet sempre acho algo espantoso pela rede, e dessa vez não foi diferente.
Olhe bem para a foto acima.A impressão que temos é de uma moto velha,malcuidada e sem valor.Usada apenas para as habituais "trilhas de final de semana"
Mas não foi essa a idéia de seu dono.Anos depois de adquirir a moto, ele decidiu restaura-la pois acreditava que ali havia um potencial a ser explorado.Acertou em cheio.

Tudo foi mudado.
A balança da moto recebeu um banho de cromo,assim como as tampas do motor,tampa do cilindro,porcas, eixos e todos os parafusos.
O Kit de tanque/carenagens escolhida foi o da Yamaha Xtz,que recebeu uma pintura personalizada totalmente exclusiva.
A moto recebeu um escapamento Dimensionado da marca Wacs para ganho efetivo de potência,e uma ponteira da marca Three Heads para melhor vazão dos gazes gerados no processo final.
* Um punho rápido foi colocado.
* Um gigantesco disco de freio foi colocado na dianteira.
* As suspensões foram totalmente trabalhadas.
* Um guidão novo foi colocado.
* Filtro de ar esportivo
* Rodas aro 17(oque garantiu um estilo Motard)
A mola do amortecedor traseiro é da Honda Nx4 Falcon com válvula para Nitro.
O motor original que despejava declarados 27,5 cavalos recebeu uma preparação toda especial.Um pistão forjado(da marca Wiseco)foi feito sob medida.
As janelas no cilindro foram abertas,o virabrequim recebeu um banho de nitrato,as embreagens foram torneadas e além de tudo isso,a moto ainda recebeu palhetas de duplo estágio em fibra.
E tudo isso alimentado por um carburador...de Yz 250!(38mm).
E oque o dono acha disso tudo?
Ele diz orgulhoso de sua obra final:
Ninguem viu nisso o potencial que eu vi".
E alguem ainda discorda??
Veja abaixo todas as fotos da transformação:


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dica da Semana - Esqueceram de mim.


Basta dar uma volta por aí, em qualquer rua, avenida ou equipamento público para ver como falta projeto em quase tudo. Da calçada que não serve para o portador de deficiência física à catraca do ônibus que proíbe os gordinhos de usá-la, até às ruas, feitas exclusivamente para os carros.
Caminhões, ônibus e...motocicletas, não são levadas em conta na hora de se fazer uma obra.
Daí surgem alguns perigos que podem complicar a vida do motociclista. O “mata-burro” da foto acima é um exemplo típico. Felizmente os “urbanos” como eu dificilmente vão encontrar esse obstáculo, mas existem muitos outros.
De quem foi a infeliz idéia de colocar placas metálicas lisas sobre os buracos que a prefeitura ou outro órgão público abrem?
Qual era a profissão do cara que inventou o “guard-rail”, que poderia ser apropriadamente chamado de “guilhotina de motociclistas”?
E o que falar dos inúmeros obstáculos que se coloca nas ruas, como as “tartarugas”, divisores de faixas, lombadas, faixas sinalizadoras que viram um sabão quando molhadas etc?
Bem, não preciso nem me esforçar muito para lembrar de quantos desses projetos maravilhosos temos por aí; você já deve estar pensando em alguns que encontra no seu caminho.
Pois é, como eles não pensaram na hora de projetar resta-nos prever esses perigos e driblá-los.

"Hora do Reclame" - Xispas

Já que falamos de motos nacionais no post abaixo vamos de Xispa na "Hora do Reclame".
Duas propagandas dos modelos mais recentes rebatizada como Tork. Por sinal, muitos confundem a história da marca, pois a Brumana-Pugliesi havia lançado uma moto de 125cc, com motor Minarelli, chamada de TORK 125. Depois desistiu de fabricá-la e usou o nome nas Xispas. A verdadeira Tork, de rodas grandes, quase ninguém conhece. Se alguém tiver uma foto dela manda aí que eu publico.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Quem não tem cão....

As motos que você vê abaixo fazem parte de momento da história do motociclismo brasileiro que traz boas e más lembranças. Por um lado, foi um tempo de "vacas magras". A proibição das importações em 1976 e a lentidão no processo de lançamento de modelos nacionalizados nos deixaram por um longo tempo quase sem opções. As poucas que iam surgindo eram de baixa cilindrada e, muitas vezes, defasadas tecnologicamente. Mas, quem não tem cão caça com gato, diz o adágio popular. Esta circunstância motivou as revendas a investirem em personalizações de seus modelos, algumas vezes até ampliando sua cilindrada. Se, por um lado, foi um tempo de escassez, hoje deve trazer boas lembranças aos que foram proprietários de motos tão, digamos, exclusivas.
Será que algum leitor do blog teve uma dessas?
Yamaha TTM 125 personalizada pela Motorauto

Yamaha RD 75 personalizada pela Casarini

Honda CG bol'dor da Revenda Formula G

Honda Turuna 180 personalizada pela Revenda Comstar

Viajar de moto: Por que é tão bom?


Viajar de moto é uma das experiências mais fascinantes que se pode ter nessa vida. Quem não tem o coração de motociclista provavelmente nunca entenderá o porque.
Mas até mesmo eu ,às vezes, fico me perguntando, afinal, por que é tão bom assim?
Não tenho respostas, só alguns pensamentos.
Em primeiro lugar, viajar de moto evoca sentimentos de tempos e realidades muito distantes de nós; é como se nos transportássemos para outra época e, de repente, lá estamos nós com nossa armadura, baixando a viseira de nosso elmo, preparados para uma missão distante e desafiadora. No fundo, mesmo que isso pareça meio estranho, todo motociclista se sente como um guerreiro, deixando a segurança e o conforto de sua casa para ir adiante, desbravar territórios e vencer desafios.
Também existe um sentimento quase místico, como se estivéssemos saindo de nossa própria vida, vendo o que há la fora. Viajar de moto é estar em movimento, é deixar a monotonia. A casa, o trabalho, nossa cidade, tudo fica para trás e seguimos adiante rumo ao desconhecido, mesmo que seja apenas a cidadezinha turística a 100km dali.
Viajar de moto também nos coloca em contato com uma outra vivência de relacionamentos que rompe com os paradigmas da vida moderna. Não há chefe, nem subordinados, apenas amigos, companheiros. E nenhum deles é melhor do que o outro, ninguém está competindo, somente compartilhando.
Há também uma intensa ligação com o campo do conhecimento. Todas as matérias estudadas em uma sala de aula são experimentadas, mas de uma forma muito diferente da que qualquer professor conseguiu nos proporcionar. A matemática está alí o tempo todo: são retas, curvas, tagências, ângulos, 100, 120, 140..., melhor parar por aqui. A física então, nem se fala: inércia, aceleração, movimentos retilíneos uniformes (ou não), calor, velocidade do vento; porque isso não parecia interessante na sala de aula?
A geografia e a biologia também são matérias sempre presentes em vales, montanhas, serras, colinas, rios e cachoeiras, pássaros (sim, eles ainda existem). Até mesmo a história, seja dos lugares ou das pessoas que encontramos, acaba nos atraindo.
O português não fica de fora e nem limitado à leitura de algumas placas; viagem de moto combina com histórias, contos , poesias, música; tudo inserido em longas conversas e não circunscritas a aulas, cadernos e horários.
Em uma viagem de moto também entramos em contato com nossos valôres mais elevados. Coisas como liberdade, respeito, responsabilidade,solidariedade, são sempre presentes. Até mesmo nosso contato com o criador é estimulado; nossa mente viaja também, medita, contempla. Diante de todas estas experiências olhamos para o dom maravilhoso que nos foi dado, a vida, e para aquele que nos deu tudo isso e somos levados a dizer, ainda que sem palavras: "muito obrigado".

Sem Palavras: O descanso da guerreira (Jawa)

Dica da Semana - Projeção no Espaço Virtual


Nunca ouviu falar disso? Eu também não; acabei de inventar o nome. Mas não se assuste, não é nada tão difícil de entender.
Antes de mais nada é preciso reconhecer que todo motociclista a pratica, é algo que fazemos até inconscientemente.
Vamos tentar explicar: Especialmente no trânsito nervoso das grandes cidades e quando se dirige de forma um pouco mais agressiva, o motociclista, muito mais do que um motorista comum, costuma usar espaços que ainda não existem. A agilidade da moto e sua facilidade de mudar de direção, aliada à rapidez de raciocínio que só um motociclista tem (rsrs), faz com que nos projetemos para um espaço qua ainda vai se abrir. Acontece que, no trânsito nervoso e com motoristas imprevisíveis, nem sempre este espaço surge.
Vamos a alguns exemplos, pois tenho a impressão que ainda não consegui ser claro o suficiente. Ao ver o trânsito começar a parar lá na frente, o motociclista pensa "não preciso frear, vou cair para o corredor", mas, basta que um motorista desatento se posicione mau para que o espaço (que exitia virtualmente em sua cabeça) desapareça; Nesta situação, pode não dar mais tempo para frear e o corredor está emtupido pelo tal desavisado.
Outra situação: O motocilista acelera para cima do carro da frente pensando em, na última hora, jogar para a faixa ao lado, onde ele vê que um espaço se abrirá. Novamente, basta ter um apressadinho ou uma pessoa muito lenta naquela faixa para surpreendê-lo e o espaço não aparecer. Mais uma vez, não da para ir para o espaço que não se abriu e não dá mais para frear.
Projeções no espaço virtual, que não existe ainda mas que, percebemos que se abrirá, é algo que fazemos com muita frequência. Essa dica não é para que você, simplesmente, pare de usar o espaço virtual, mas para alertá-lo sobre o seu perigo. Arrisque-se menos, arrisque menos a vida dos outros. Cuidado com o excesso de confiança, pois o trânsito não é algo exato e previsível.
Se não for atento a isso a "projeção no espaço virtual" pode se transformar em "projeção ao chão real".