quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Como (não) rebocar uma moto.


Aí está uma situação que pode complicar a vida do motociclista: os perigos não param quando a moto quebra.
Para qualquer motorista uma quebra ou um pneu furado pode se tornar um transtorno ou até mesmo um grande perigo. Em alguns lugares, só o fato de ficar parado já coloca o cidadão na posição de possível vítima de malandros oportunistas. Em outros, o veículo pode ter ficado parado em um local em que torna-se perigoso ocorrer um acidente.
Por tudo isso, a primeira coisa que sempre nos passa na cabeça é: "como saio rapidamente dessa situação".
Motoristas costumam ter um seguro que lhes garante um guincho, mas quando isso não está disponível basta uma corda e alguém com boa vontade para nos tirar daquele sufoco.
Mas e na moto, como é que se faz? A situação da moto é um tanto ambígua, por um lado melhor que a do carro e por outro mais perigosa.
A moto tem um pouco mais de mobilidade nessas situações; é fácil empurrá-la por alguns metros para sair de um local perigoso; essa é uma vantagem.
Porém, não dá para ficar abrigado dentro dela esperando o socorro e, quando as distâncias são grandes, a idéia de ir empurrando já não funciona. Daí vemos uma série de "quebra-galhos", atitudes que parecem aceitaveis para resolver o problema, mas que envolvem muitos riscos.
Pendurar-se sobre o guidon (praticamente sentado no tanque) para aliviar o peso na traseira e seguir até um borracheiro com o pneu traseiro furado é uma das coisas mais comuns de se ver. Pode ser aceitável dependendo da situação em que você se encontra, mas deve ser evitado se possível pois a dirigibilidade nesta condição é muito prejudicada.
Outra "saída" comum mas pouco recomendável é ser rebocado por outra moto ficando ao lado dela e segurando-se pelo pé ao pedal do garupa da moto reboque. É evidente que um pequeno descuido ou desequilíbrio pode causar um acidente nestas condições.
A solução mostrada no vídeo também não funciona bem. Dá certo em um carro (as vezes), mas na moto complica bastante. Mesmo quando um carro reboca outro pode haver problemas; quem já fez isso sabe da dificuldade de controlar a velocidade dos dois carros e observar o trânsito durante o reboque. Na moto, que depende do equilíbrio, qualquer tranco ou a simples força exercida quando se está numa curva bastam para jogá-lo ao chão. Pior é cair e continuar a ser arrastado pelo carro que pode não perceber imediatamente o problema.
Quais são então as melhores soluções?
Ter um seguro que garanta socorro e guincho é a primeira. Além disso, é importante ter no celular os números de telefones de amigos ou prestadores de serviço que possam socorrê-lo em uma emergência; outros motociclistas, um mecânico e alguém que possua uma pick-up ou Kombi não podem faltar.
No caso de viagens, em que podemos nos ver longe de qualquer ajuda por algum tempo, vale lembrar que é sempre melhor viajar com pelo menos mais um amigo. Aqui aplica-se em o provérbio bíblico: "Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante." Eclesiastes 4:10

2 comentários:

Gustavo Tertuliano disse...

valeu a dica tiozão! abraço.

Anônimo disse...

Felizmente, sempre que precisei tive amigos que me socorreram.