terça-feira, 30 de setembro de 2008

Equipamentos - a lenda do guerreiro


No último tópico sobre dicas de segurança falamos, ainda que brevemente, sobre a importância dos equipamentos de segurança. Mas eu esqueci de comentar a má notícia.
Existe um problema muito sério com os equipamentos de segurança: a sensação de segurança que eles dão.
Ao baixar a viseira o motociclista sente-se, muitas vezes, como um guerreiro imbatível e imortal. Lendas sobre o assunto vêm desde tempos remotos, quando em vez de motos e jaquetas de couro, eram os cavalos e armaduras que ocupavam as ruas ou caminhos, até os tempos mais modernos e seus super-heróis. Não sei qual é o seu preferido, mas todos os heróis modernos têm em comum o fato de só exercerem seus poderes quando vestidos em seus super-uniformes. Da capa do super-homem ao capacete esquisito do Nacional Kid (alguém sabe do que estou falando?) o que vemos é sempre o mito de que aquele herói, ou guerreiro, é invencível enquanto usa seu equipamento.
Para eles talvez isso funcione, afinal, vivem no mundo da ficção. Na vida real esse mito pode ser muito perigoso para o motociclista.
O fato é que mesmo nas competições, onde se usa o melhor equipamento possível e não existem ônibus e caminhões na contramão, acidentes sérios ou fatais ocorrem.
O capacete ou a jaqueta de couro são muito eficazes em certas situações, mas são limitados em sua proteção. Motociclistas imaturos têm perdido a vida ao acreditar no mito e, de posse de sua super-máquina, muito mais poderosa que sua capacidade de pilotar, e vestidos com seu modelito "jaspion", abusam da sorte nas rodovias inseguras deste país.
Lembre-se: nosso corpo é frágil e as armadilhas são muitas e, muitas vezes, bem mais agressivas do que nossos equipamentos podem suportar.

3 comentários:

Elisa disse...

falou e disse! ^_^

George Matos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
George Matos disse...

Isso é muito verdade, até quando fechamos somente a viseira, a sensação de segurança já aumenta, de fato a segurança aumenta, mas não proporcionalmente a nosso excesso de confiança.